Dicas para o Natal - Recebendo com charme

Começou a época do ano em que as pessoas entram em parafuso. São reuniões, festas de confraternização, festas das escolas, presentes, peru, tender, happy hour, festas para todos os lados. 

Primeira dica: Não entre em pânico! 

√ Coloque em um papel, agenda, onde você achar melhor tudo que deve ser feito nos dias de Dezembro. Separe as prioridades. Deixe marcado onde será a reunião e o horário. Não perca a sua confraternização por ter errado o dia. √

√ Concentre-se em comprar os presentes antes, para que não deixe ninguém de fora e evite os desgastes tão comuns nesta época do ano. √

Caso você vá recepcionar os seus amigos, família em sua casa e está perdido. Que tal dar boas vindas com um belo drink?  Bellini! Ele é ideal para os dias quentes e super refrescante.

Aqui em casa, nós preparamos uma garrafa inteira de vinho espumante (garrafa de 750ml) + 1 latinha de néctar de pêssego (250ml). Colocamos na garrafa, mexemos com a bailarina (aquela colher grande) e servimos.

Proporção: 1 parte de néctar de pêssego

                   3 partes de vinho espumante

* Dicas de Ouro *

1) A garrafa de vinho espumante e o néctar de pêssego devem estar gelados.
2) Mantenha as taças flûte no congelador por pelo menos 30 minutos.

Sirva bem gelado!

Pizza Globalizada

Geralmente às sextas-feiras, gosto de deixar uma receita para que vocês aproveitem para fazer no fim-de-semana. Normalmente seria um doce, mas vou dar uma sugestão que serve para a sexta, sábado, domingo chuvoso, feriado…

Cansou do delivery da pizza?  Que tal fazer a sua própria massa? Não demora uma eternidade e é bem mais saudável. Preparei em aproximadamente 2 horas, desde o preparo da massa, descanso, molho e assar. Acho que é um bom custo benefício, além de que é super mais saudável. Ademais, você consegue personalizá-la. Aqui em casa, o tradicional reina. Esta pizza foi para agradar uma ocidental, um oriental e uma mestiça. Por isto que nomeei pizza globalizada. Fique à vontade para usar a sua criatividade.

Massa de Pizza

Receita da massa retirada daqui, o molho é uma sugestão minha

* No livro, há a sugestão de utilizar 1/3 ou 1/2 de farinha de trigo integral para uma pizza mais saudável, nunca fiz porque a galera não curte. Mas, não excederia 95 gramas de farinha integral, pois a massa ficaria dura e pesada *

Ingredientes:

1/2 xícara de água morna

1 1/4 de colher de chá de fermento instantâneo para pão

190 gramas de farinha de trigo + um pouco para abrir a massa na bancada

1 colher de chá de sal

Azeite

Sugestão para o Molho de tomate:

1 lata de tomate pelatto

1/2 cebola

1 dente de alho

1 colher de chá de açúcar mascavo

1 colher de café de vinagre

sal e pimenta a gosto

Sugestão para Cobertura:

Queijo muçarela ralada

Tomate cortado em fatias

Milho

Catupiry

Modo de fazer a massa da pizza:

Ligue o forno na temperatura média 100°C/ 110°C por 5 minutos; então desligue.

Usando a mão: coloque a 1/2 xícara de água morna em uma tigela grande, polvilhe o fermento instantâneo e deixe agir por 5 minutos. Adicione a farinha de trigo, o sal e misture com uma colher de pau até que forme uma bola. Vire a massa em uma bancada levemente enfarinhada e sove a massa por 5 minutos; ou até que você tenha uma massa macia e elástica.

Usando a batedeira com o gancho:  coloque 1/2 xícara de água morna na tigela da batedeira e polvilhe com o fermento instantâneo e deixe agir por 5 minutos. Adicione a farinha, o sal e ligue a batedeira na velocidade média até que forme uma bola. Diminua a velocidade para baixa e bata por 5 minutos, deixando que o gancho bata a massa até obter uma massa elástica.

- Usando a batedeira, percebi que a massa estava muito seca, acabei colocando um pouquinho mais de água - 

Em ambos os métodos: Coloque o azeite em uma tigela e unte-a. Coloque a massa na tigela, cubra com filme plástico. Coloque no forno previamente aquecido. Deixe a massa por 30 minutos ou até que tenha dobrado de volume. Retire a massa e coloque na bancada levemente enfarinhada.

Neste momento, seria interessante ligar o forno na maior temperatura que ele chegar. Aqui em casa o termostato indica 260°.

Abra a massa conforme você preferir, eu abri em uma assadeira 22x33, mas achei que a massa ficou um pouquinho grossa. Use um rolo para abrir conforme seu gosto. Espalhe na assadeira fubá. Coloque a massa da pizza na assadeira. Coloque o molho de tomate, deixando uma borda de aproximadamente de 1cm.

Faça a sua cobertura predileta. Leve ao forno até que as bordas estejam assadas.

A cobertura da foto foi feita da seguinte forma:

1/3 milho coberta com muçarela

1/3 muçarela ralada

1/3 muçarela ralada coberta com tomate em fatias

Modo de fazer o molho de tomate:

1) Corte a cebola e o alho em cubos pequenos. 

2) Em uma panela, coloque o azeite e frite a cebola e o alho até que estejam perfumados.

3) Coloque os tomates pelattos na panela. Amasse-os com as mãos. Eles ficaram em pedaços menores. Caso não queira fazer esta lambança, pique-os em uma tábua.

4) Para retirar a acidez do tomate eu sempre uso o açúcar mascavo e uma colherzinha de vinagre.

5) Tempere com sal e pimenta.

6) Deixe que o molho apure por 15'/20'.

7) Caso sobre molho você poderá utilizar em outra preparação ou congelar.

Torta Invertida de Tomates Coloridos

Uma refeição colorida é atraente para os olhos e para o nosso organismo. Nutricionistas afirmam que quanto mais colorida é a nossa refeição, mais saudável é.

Esta torta invertida de tomate foi inspiração da velha torta invertida de maçã que já fiz aqui. Ela é super colorida. Comprei tomates pequenos de diversas formas e uma caixinha de amarelinho. Lembro no mercado de Londres ter visto uns tomates mais roxos, mais amarelos, se você tiver esta oportunidade, faça.

A torta não é trabalhosa, acho que é ótima para servir de acompanhamento a uma carne e o melhor de tudo, como os tomates pequenos costumam ser mais adocicados, a torta é bem legal.

Vamos lá???

Ingredientes:

1 caixa de massa folhada (conforme o fabricante ele indicará para que a massa fique fora do freezer para descongelar - utilize conforme as instruções dele)

1/2 caixa de tomates vermelhos tipo cherry

1/2 caixa de tomates vermelhos pêra

1/2 caixa de tomates amarelos

Ramos de tomilho a gosto

2 dentes de alho com casca (caso preferir, tire a casca deles) levemente amassados com uma faca

sal, pimenta a gosto

Azeite

Queijo de cabra (se preferir, pode usar mússarela de búfala para um sabor menos forte)

Assadeira redonda Ø24cm

Modo de fazer:

Pré-aqueça o forno a 180°

1) Lave os tomates.

2) Coloque-os em uma assadeira com os dentes de alho, ramos de tomilho a gosto e um fio de azeite e um pouco de sal e pimenta.

3) Leve ao forno até que eles comecem a cozinhar, isto é a casca começar a estourar. 15 minutos no máximo.

4) Retire do forno e espere esfriar.

5) Comece a montar a torta. Pegue os tomates parcialmente cozidos e monte-os na assadeira. Coloque-os bem junto um do outro, evitando que fique espaços.

6) Quebre o queijo de cabra em pedaços. Coloque os pedaços de queijo sobre a torta. Coloque um alguns raminhos de tomilho sobre o queijo.

7) Abra a massa folhada sobre o queijo. Corte o excesso. Coloque para dentro da torta a massa com a ajuda de uma faca.

8) Leve ao forno até que a massa folhada esteja bem dourada - 45 minutos aproximadamente.

9) Vire sobre um prato e decore com ramos de tomilho.
10) Sirva quente ou morna.

- Dicas - :

1) Se sobrar tomate, você poderá usar como salada. Os dentes de alho podem ser temperados juntamente com o queijo, eu preferi deixá-los juntamente com a salada.

2) Se sobrar massa folhada, recorte com a ajuda de uma carretilha em pequenos quadrados ou retângulo. Pincele com manteiga derretida. Espalhe orégano, parmesão ou ervas de sua preferência. Junte o meio, formando uma gravatinha. Leve para assar até dourar. Sirva como aperitivo.

Outra vez batata… Fritada Espanhola de Batatas

Esta receita posso dizer com certeza que é de família. Não que vocês já não tenham visto em outros blogs, mas simplesmente porque veio por tradição da minha bisa que era espanhola. A mãe do meu avô veio da Espanha, ela dizia que era de Granada, mas não sabemos ao certo, porque ela ficou velhinha e completamente confusa com fatos, nomes e idade. Ela morreu com 95 anos. Ela ensinou para a minha avó que é italiana. Por sua vez, minha avó ensinou a minha mãe, que me ensinou.

Uma coisa posso garantir a vocês, a fritada da minha avó é 1.000.000 vezes melhor que a minha. Ela vira na frigideira como se fosse panqueca. Eu não consigo, por este motivo que na minha casa, a fritada vai para o forno para terminar o cozimento. A minha mãe também consegue virar, mas em um prato e volta para a frigideira para terminar de cozinhar o outro lado. Já tentei virar em prato e fiz uma lambança na cozinha, onde a fritada se desmanchou. Então fica a dica, se você for habilidosa o suficiente para virar como a minha avó, beleza. Se a sua habilidade for mediana, vire em um prato raso. No entanto, se você for destrambelhada como eu, tenha uma frigideira que possa ir ao forno e lá termine o prato.

Esta fritada é super prática, a original ensinada pela minha avó é com batatas, mas você pode utilizar espinafre refogado em alho. Já fiz assim, e o marido aprovou.

A receita e bem simples, vamos lá.

Ingredientes:

- Para cada batata média que você for utilizar, utilize um ovo - Dica de mamis que eu nunca mais esqueci.

cebola a gosto (sempre uso 1 inteira, odeio que fiquem metades na geladeira)

sal, pimenta a gosto

óleo ou azeite para refogar

Modo de fazer:

1) Caso tenha um mandolim, utilize-o para cortar as batatas em fatias bem finas. Se não tiver um mandolim, corte em fatia o mais fina que conseguir.

2) Para que a batata não escureça, coloque em uma vasilha com água.

3) Corte as cebolas em rodelas finas ou em meia-luas (divida a cebola ao meio e corte-as)

4) Após ter cortado as batatas, seque-as muito bem com um pano de prato limpo ou em papel toalha.

5) Em uma frigideira comece fritando as cebolas até que elas murchem bem.

6) Coloque as batatas e frite-as bem até que elas estejam bem molinhas. Tempere com sal e pimenta.

7) Em uma tigela grande, bata os ovos como se fosse para fazer uma omelete.

8) Quando as batatas estiverem bem molinhas, desligue o fogo. Coloque as batatas sobre a mistura de ovos. Mexa bem, para que os ovos não comecem a coagular na tigela.

9) Coloque a mistura de ovos + batatas de volta na frigideira, vá fritando. Aqui o termo é PACIÊNCIA. Com uma espátula, vá soltando a mistura que começa a coagular em volta da panela e girando a frigideira de forma que a mistura líquida de ovos vá para as beiradas e possa cozinhar também. Vá fazendo isto até que você veja que a maior parte da mistura já tenha cozinhado. Deixe cozinhando em fogo baixo até que a mistura do centro comece a endurecer.

10) Aqui vale a introdução. Você pode virar a fritada como a panqueca ou em um prato e retomar para que o lado de cima também cozinhe ou então levar ao forno para que ela termine de cozinhar. 10/15 minutos em forno de 180° é o suficiente, você verá que o centro dela irá crescer.

11) Coloque em um prato e sirva.

Para fazer com espinafre, frite o espinafre com azeite e alho ou do seu modo e utilize no lugar das batatas. Caso queira incrementar, pode colocar um queijo para uma refeição com mais sustância.

Batata Hasselback

Na minha concepção, batata é o tubérculo mais versátil na cozinha. Tipo 1001 utilidades, sabe? Você pode fazer frita, assada, vai bem no ensopado, na sopa,  da forma como você achar melhor. E para provar que eu gosto de variar as receitas com batatas, temos aqui, aqui e aqui. Achei que eu tinha postado outras receitas, mas me equivoquei - tinha mais duas diferentes :( com fotos, fora algumas que fiz e nem foto tirei. Vou resgatar para você variar o seu cardápio.

Novamente uma foto tosca do celular

Eu não tirei esta receita de nenhum lugar específico. Um dia, estava eu na internet procurando algo - quem me conhece sabe que deveria ser de receita - quando me deparei com esta batata Hasselback, com inúmeras formas de preparar, vi como se fazia e fiz a minha versão.

Aqui ela virou um acompanhamento para a costelinha assada/maçã e couscous de legumes

Só para dar uma enriquecida no post, fui procurar o significado de Hasselback e aqui em inglês achei porquê a batata é assim denominada. Em tradução bem simples, é um prato sueco que foi servido em um restaurante em Estolcomo chamado Hasselbacken.

A apresentação é linda, não é difícil de fazer e fica bem gostosa, vamos à minha versão?

Ingredientes:

6 batatas médias com casca bem lavadas.

Manteiga Maître d'hotel

Esta manteiga é amplamente utilizada na cozinha para temperar carnes, frango. Se você quiser também poderá utilizar para fazer um salteado com legumes. Também poderá servir de entrada com pão ou  torradas. Utilize qualquer erva de sua preferência.

80 gramas de manteiga em ponto de pomada (deixe em temperatura ambiente, com o calor que está fazendo em 20 minutos a manteiga está pronta).

raspas de 1 limão Tahiti

1 ramo pequeno de alecrim picado (pode usar a erva de sua preferência ou um mix de várias, pode usar pimenta calabresa em flocos)

sal e pimenta a gosto.

- Modo de preparar a manteiga -

1) Deixe a manteiga em temperatura ambiente.

2) Tempere a manteiga com as ervas - caso esteja usando - coloque as raspas de limão

3) Tempere com sal e pimenta. 

4) Coloque a manteiga em um papel filme.

5) Enrole bem o papel, formando um rocambole/salsicha.

6)Volte para a geladeira para que ela fique firme. 

- Modo de fazer as batatas - 

1) Pré-aqueça o forno a 180°.

2) Para que os cortes fiquem com a mesma profundidade, há duas possibilidades:

    I) Você poderá espetar um espeto de bambu ou espeto de churrasco no comprimento da batata. Com uma faca afiada, faça cortes finos, parando quando a lâmina da faca encostar no espeto do churrasco. Após fazer os cortes, lembre de retirar com CUIDADO o espeto.

    II) Com uma colher de pau ou escumadeira, apoie a batata e faça os mesmos cortes, parando quando a faca encostar nas bordas da colher de pau.

3) Tempere a batata com sal e pimenta a gosto.

4) Corte pedaços de manteiga e coloque em cima da batata.

5) Leve ao forno por cerca de 40minutos até a batata estar assada. Eu preferi deixar mais tempo para a casca ficar crocante.

6) Sirva.

Bom Apetite!

Lanche Rosa, Lanche da Princesa ou Simplesmente Lanche com Beterraba

Fazia tempo que eu não aparecia para passar uma receita, né? Eu sei, sei, simplesmente eu perdi muito a vontade de fazer as coisas, tirar foto, tratar a imagem, escrever um post e postar. Sempre tenho a sensação que ninguém lê e eu fico aqui, sozinha, no vácuoooooo. Alllllôooooooo, alguém por aquiiiiiiiiii?

Ignorem a qualidade da foto! Foto com o celular e à noite = casamento imperfeito!

Mas, acabei fazendo uma receita super rápida no domingo que vale a pena ser dividida. No domingo, como já disse aqui e aqui, não tem janta. Tínhamos voltado do cinema, com a pança lotada de pipoca. Mas, tínhamos que comer algo. Pensei em fazer este lanche. Teria, o cream cheese (proteína), a beterraba (fibras), o atum (proteína), o pão (carboidrato) e a rúcula (fibras).

O que me espantou mesmo foi a Sofs ter comido um pãozinho e falado que estava uma delícia. Minha tática? Ora, era o sanduíche da princesa que a Jasmim tinha me ensinado!!!

Mão na Massa? Ou melhor, na Pasta???

Recheio de Sanduíche Rosa

Rendimento: 8 porções

Ingredientes:

1 lata de atum ralado (eu usei atum em óleo descartando todo o óleo - para uma versão mais light use atum em água)

2 colheres de sopa de cream cheese (usei o normal porque era o disponível na geladeira, versão mais light considere o uso do cream cheese light, requeijão light, cottage ou ricota)

1 beterraba média ralada

sal, pimenta a gosto

salsinha a gosto

Folhas de rúcula ou alface ou espinafre a gosto.

Modo de fazer:

1) Lave muito bem as folhas de rúcula e deixe-as em solução de hipoclorito (a venda nos melhores supermercados na seção de frutas e verduras).

2) Lave muito bem a beterraba e também deixe-a em solução de hipoclorito.

3) Após o tempo indicado pelo fabricante, lave novamente a beterraba e rale-a em um ralador grosso.

4) Com um processador de alimentos, misture a beterraba com o cream cheese e triture até obter uma pasta. Caso não tenha um processador, misture à mão a beterraba com o cream cheese, sendo que esta pasta terá uma consistência mais grossa.

5) Em uma tigela misture a pasta rosa mais o atum escorrido e misture bem.

6) Tempere com sal e pimenta a gosto. Eu não temperei porque o atum e o cream cheese são bem salgados. 

7) Monte os sanduíches utilizando a pasta e a rúcula, alface, espinafre a gosto.

Aqui em casa, cada um montou com o seu pão preferido: a Sofs usou o pãozinho de ovo, o Odair usou o francês clássico e eu usei um pão integral com cereais.

Sonho

Eu gostaria de acordar e saber que todos os meus problemas foram embora. Junto com os meus problemas, também se foram as lágrimas, dúvidas, remédios e momentos indefinidos de dúvida. A razão estaria ao meu lado. Aquele medo que surge de repente e cresce em uma velocidade alucinante seria aplacado pela razão. A morte??? Mais uma etapa da vida. Sem desesperos e angústias. Sem gastar o plano de saúde e meu tempo.

Ao raiar do novo dia,  novas perspectivas surgiriam e eu não teria nenhuma dúvida se estaria agindo certo ou errado. Qualquer dos caminhos que escolhesse, ficaria feliz e não me cobraria tanto se optei pelo certo. Faria tudo aquilo que eu desejasse do fundo do meu coração, sem medo de arrependimentos.

Tomaria mais vinho, menos refrigerantes, comeria menos sal, mas muito chocolate, sairia com o lenço na cabeça, cobrindo os meus cabelos cacheados sem que ninguém fizesse nenhum pré-julgamento. Continuaria usando os batons vermelhos recém-adquiridos. Usaria sabendo que alguém teria o prazer de tirar, e qual o problema se ficasse borrado? 

Enquanto eu não acordo de toda esta baderna, aprendo a conviver com tudo junto e misturado. Chorando, rindo, soluçando, porque a vida esta aí, e definitivamente daqui 5 anos tudo isto não será mais um problema!

Sobre o Endeusamento de Blogueiras

Hoje o assunto que trarei não tem nada a ver com receitas. Mas tem tudo a ver com "modo de fazer e reserve". 

Estava lendo o blog 2beauty, quando neste post aqui, a Marina relata que teve que devolver ao pet shop o cachorrinho que ela havia comprado há 10, 15 dias. Ela explicou que o filhote era super bagunceiro e arteiro e ela não conseguiu lidar com o bichano. A minha surpresa foi ao ler os comentários no post, verifiquei que muitas leitoras estavam condenando a atitude dela. No instagram este movimento negativo também foi notório. Leitoras julgando e condenando a Marina. Dizendo que elas haviam se decepcionado com a atitude da Marina. Espera! Um minuto, por favor! Vamos pensar? As leitoras só ficaram desapontadas neste nível porque endeusaram a Marina. Sem nenhum descrédito a ela, mas será que é preciso idolatrar  uma blogueira? Blogueiras são pessoas de carne e osso. Cometem acertos e erros. Blogueiros se pré-dispuseram o tempo para falar de algo que lhes agrade. Por quê é preciso atacar com várias pedras a Marina? Não estou aqui para defendê-la, pelo contrário, proponho uma leitura consciente do ocorrido. Se as leitoras não estivessem idolatrado a Marina, talvez as palavras proferidas não teriam sido tão duras. E valendo-me daquela máxima, quem nunca errou, que jogue a primeira pedra.

Idolatria no dicionário configura como adoração de ídolos, amor exagerado. Se o termo exagerado fosse substituído por equilibrado, eu tenho convicção que não haveria tanta histeria.  Leitores devem ser cuidadosos com esta idolatria. Lembrem-se que o blogueiro não vai acertar todas as vezes e algumas ou muitas delas podem ir contra aquilo que você acredita. Mas isto lhe dá direito de julgar o blogueiro? Não, não lhe dá direito. Você tem o dever de repensar a sua devoção ao blog e com muita classe e educação fazer um comentário respeitoso, ou ainda, repensar se aquele blog merece o seu tempo e leitura diária. Simples assim.

Eu mesma tive uma infelicidade com uma blogueira de maquiagem. Ela indicava vários pinceis de maquiagem. Eu comprei como indicado. Odiei. Os pelos caem e pinicam a minha pele. Nunca mais dei crédito a ela, melhor, não entrei mais no blog para ler qualquer coisa. Por quê?? Porque era um jabá disfarçado em dica de amiga. Aprendi com o meu erro. Precisaria ir até o blog da digníssima e proferir palavras para insultá-la? Definitivamente, não! Aqui também mora outra dica, vamos começar a separar o joio do trigo? Blogueiras que só fazem propaganda de produtos disfarçados em "dicas de muy amiga" também devem ser pesados em sua balança pessoal.

Diante de todo este auê todo, tirei uma lição muito importante. A Marina é uma lady. Diferentemente do que eu vejo blogosfera afora, ela aceitou TODOS os comentários contra a sua pessoa. Não bateu a boca com NENHUM ser mal-educado. Isto porque quem acompanha blogs de moda, maquiagem, sabe que há inúmeras blogueiras que apagam ou não aceitam os comentários que vão contra a sua pessoa. Pior, bloqueiam as pessoas no Instagram. Legal isso, né? #Sóquenão.

Portanto, o meu "modo de fazer" de hoje refere-se a como não idolatrar os blogueiros. "Reserve" a sua ira e coloque no freezer e deixe por lá. Se você quiser refazer a sua receita, pegue outro blog e leia. Veja se ele tem os ingredientes que lhe apetecem, separe eles e siga. Se a receita queimou no forno, jogue fora e comece novamente.

Por último, sugiro a leitura deste post da Cinthya Rachel. O post bem em linha com o que coloquei acima.

Mais um pão... Pão de Nozes Pecã e Uvas Passas

Sabe quando você se apaixona por alguma coisa e quer fazer ou estar perto disto sempre? Assim começou o meu amor pelo pão. Quando deu certo a primeira receita, achei que não poderia perder o pique e fazer outras para perder o medo. Assim, fiz este pão de pecã e uvas passas.

Eu gostei muito, é um pão que cairia super bem em uma tábua de queijos. Mas, no meu caso, foi para tomar o café da manhã, mesmo.

A casca deste pão ficou crocante, não tão crocante como deste pão. Ainda sim, foi surpreendente a mistura de sabores.

A melhor coisa desta receita é que novamente o rendimento é de um pão pequeno. Eu acabei comendo sozinha. Isto porque o Odair não gosta de nozes e a Sofia come 1/2 fatia e é mais do que suficiente.

Nas receitas de pão, tenho utilizado o fermento biológico instantâneo. Por que? Várias vezes eu comprei o fresco, não fazia pão e era obrigada a jogar o fermento fora por causa da validade. Como o fermento biológico instatâneo tem um prazo de validade maior, tenho ele fácil na despensa. Deu vontade de assar pão, lá está o bonitinho. Se eu uso meio pacote, eu fecho bem a embalagem e reutilizo em uma outra ocasião. Achei mais prático. Até a hora em que eu desenvolver o meu fermento natural. Aí, as coisas terão outra cara e gosto. 

Pão de Nozes Pecã e Uvas Passas

Fonte: Deste Livro

Rendimento: 1 pão pequeno

Ingredientes:

35g de nozes pecãs picadas

35g de uvas passas (usei as pretas)

200g de farinha de trigo

50g de farinha de trigo integral

5g de sal

3g de fermento fresco ou 2g de fermento biológico instantâneo

180g de água morna

Forma retangular baixa untada com pouco óleo

Modo de fazer (pelo livro)

1. Misture as nozes pecãs e as uvas passas e reserve-as.

2. Em uma tigela pequena, misture a farinha e o sal. Reserve. Esta é a mistura seca.

3. Em uma outra tigela grande, pese o fermento. Adicione a água e misture até que o fermento tenha se dissolvido. Esta é a mistura úmida.

4. Adicione a mistura seca à mistura úmida.

5. Misture as duas misturas com a ajuda de uma colher de pau e com as suas mãos misture até que forme uma massa.

7. Cubra a tigela com a tigela que continha a mistura seca (item 2 acima).

8. Após 10 minutos, adicione as pecãs/passas à massa. Sove bem a massa.

9. Cubra a tigela e deixe a mistura descansar por 10 minutos.

10. Repita os itens 8 e 9 por mais duas vezes, então repita a operação do item 8 novamente. Cubra a tigela e deixe que a mistura descanse por 1 hora.

11. Quando a massa dobrou de volume, amasse-a com os seus dedos para que o ar seja eliminado.

12. Enfarinhe uma bancada de trabalho. Transfira a massa para a superfície enfarinhada.

13. Deixe a massa em formato retangular. Dobre 1/3 da massa para o centro. Dobre o outro 1/3 para o centro da massa.

14. Agora enrole a massa para formar uma "salsicha". Sele bem as pontas da massa.

15. Espalhe farinha sobre o pão. Faça riscos diagonais com a ajuda de uma faca bem afiada na massa.

16. Coloque a massa na assadeira reservada. Cubra e deixe crescer um pouco menos que o dobro - aproximadamente 30, 45 minutos.

17. Aproximadamente 20'antes de assar, pré-aqueça o forno a 240°C. Coloque uma forma no chão do forno para aquecer. Reserve um copo com água.

18. Quando a massa terminou de crescer, retire a tigela ou pano que cobria a massa.

19. Coloque o pão no forno aquecido, despeje a água reservada na assadeira que está no assoalho do forno. Abaixe a temperatura para 200°C.

20. Asse por aproximadamente 30 minutos ou até que esteja bem moreno.

21. Para checar se está assado, vire o pão e bata com os nós dos dedos no fundo do pão. Você deverá ouvir um som oco.

22. Se não estiver com o barulho, retorne ao forno por alguns minutos. Quando estiver pronto, retire e deixe esfriar sobre uma grade.

23. Contenha sua alegria e deixe esfriar completamente o pão, antes de cortar um naco! :D

Modo de fazer (eu fiz assim utilizando a batedeira e o gancho).

1. Misture as nozes e a uva passa - Reserve.

2.Na tigela da batedeira, misture bem as duas farinhas e o sal. 

3. Coloque o fermento e misture bem.

4. Com a batedeira ligada na velocidade baixa, misture os 3 ingredientes.

5. Coloque a água e bata bem em velocidade baixa. 

6. Conforme você percebeu que a água foi totalmente incorporada, aumente a velocidade.

7. Bata bem até que você perceba que a massa está bem elástica. Eu tomo como base o ponto de véu. O ponto em que você pega um pedacinho de massa e estica bem com as mãos até perceber que uma teia delicada se forma e não se rompe. Esta é a teia de glúten.

8. Quando chegou a este ponto, acrescente a mistura de nozes e uvas passas somente até incorporar.

9. Em uma bancada levemente enfarinhada, molde o pão como descrito no item 13 acima.

10. A partir do item 13 eu segui as instruções do livro.

11. Boa Sorte! Bom Apetite!

Pão Branco, Simples e Direto

Eu sempre tive problemas em fazer pães. Eles ficavam horrorosos, ninguém comia. Um dia, tentei fazer fermento natural. Na verdade foram 4 tentativas. Assassinei 4 bichos vivos. Ainda não desisti. Como também não desisti da arte em assar pães. Sou uma assídua compradora de livros de gastronomia. Nesta minha compulsão, adquiri 4 livros ensinando os princípios básicos dos pães.

A foto não foi das melhores porque tirei à noite.

Li e reli muitos deles. Este em especial, foi fundamental e crucial para que eu perdesse o medo de assar pães e tivesse confiança nesta arte. Esse livro é especial em todos os sentidos. Discorre sobre todos os elementos usados no pão, sobre a importância, ensina o cálculo de percentual de cada um dos ingredientes, como sovar, como deixar crescer, enfim, eu amei o livro.

Em uma das partes mais sábias: "Não há erros. Você pode fazer diferente na próxima vez, porque você fez desta forma desta vez. Perfeito, mesmo que você diga MUITO disto, POUCO daquilo. É você e seja você mesmo". Tem como não amar em tão perfeita frase? Era uma frase que eu precisava ler e serve para o PÃO, para a esposa, para a mãe, para a profissional.

Assim, surge uma pessoa querendo melhorar a arte dos pães. Fácil? Não é. Exige amor, exige dedicação. Em uma arte de misturar farinha, água e fermento há de se ter paciência. Paciência para vê-lo crescer, para vê-lo assar e esfriar. Paciência é um dos atributos que preciso melhorar. Que tal começar pelo pão? Assim nasceu este pão branco, lindo, cheiroso em um domingo chato. Chato porque eu tinha tentado fazer croissants (Opa!) e eles foram morar no lixo. Antes de eu jogar o livro, que antecipadamente presumi ser uma droga, comecei pelo básico. E não é que o livro é bom mesmo?

Por que amei este livro? Porque as receitas são fáceis e pequenas. Não vou ter toneladas de pães em casa por 1 semana. Um pão pequeno foi suficiente para nós 3. Detalhe, a casquinha do pão ficou crocante, parecendo pão de padaria. 

Pão Branco, Simples e direto

Fonte: Aqui

Ingredientes:

300g de farinha de trigo

6g de sal

3g de fermento fresco/2g de fermento instantâneo

200g de água morna

-> Você usará uma fôrma pequena de bolo inglês untada com óleo

Modo de fazer:

Caso prefira, você pode usar a batedeira, como eu fiz.

1. Em uma tigela pequena, misture a farinha e o sal. Reserve. Esta será a sua mistura seca.

2. Em outra tigela grande, misture o fermento e a água.

3. Mexa até que o fermento esteja completamente dissolvido. Esta será a sua mistura úmida.

4. Adicione a mistura seca à mistura úmida.

5. Misture bem as duas com uma colher de pau. Então com a ajuda das suas mãos, misture bem até que forme uma bola.

6. Cubra a tigela.

7. Deixe repousar por 10 minutos.

8. Após 10 minutos, a massa está pronta para ser sovada. Retire uma porção da massa dos lados e leve-a para o centro da massa, pressionando. Vire a tigela e repita este mesmo processo. Repita 8 vezes. O processo todo demorará 10 segundos e a massa começará a resistir.

9. Cubra a tigela novamente e deixe repousar por 10 minutos.

10. Repita os passos 8 e 9 por duas vezes. Após a segunda sova, a massa resistirá bastante quando você puxa.

11. Após a 3a. sova, a massa começará a ficar macia.

12. Repita o passo 8 pela última vez.

12. Após a 4a.sova, você terá uma massa macia quando virar a tigela.

13. Cubra a tigela e deixe que cresça por 1 hora.

14. Quando a massa dobrou de volume, aperte delicadamente para que ela solte o ar.

15. Enfarinhe uma bancada com farinha.

16. Remova a bola de massa da tigela e coloque-a na bancada enfarinhada. Delicadamente amasse a massa para que fique ovalada.

17. Pegue o lado direito da massa e leve para o centro.

18. Pegue o lado esquerdo da massa e leve para o centro.

19. Pressione firmemente para unir a massa. Você terá uma massa retangular.

20. Agora é a parte de moldar a massa em forma de pão. Puxe e dobre 1/3 do retângulo em direção ao meio da massa. Pressionando.

21. Gire a massa 180° e faça a mesma coisa com o outro 1/3 da massa. Molde para que fique do tamanho de sua forma de pão.

22. Coloque a massa com o fecho para baixo.

23. Cubra a massa e deixe-a dobrar de tamanho, por 30/40 minutos.

24. Aproximadamente 20 minutos antes de assar, pré-aqueça o forno a 240°C, ou a temperatura mais alta que seu forno chega. Coloque uma fôrma no assoalho do forno para que ela aqueça. Pegue um copo d'água e deixe reservado.

25. Quando a massa terminou de crescer, retire a toalha que a cobriu.

26. Coloque o pão no forno pré-aquecido, jogue a água reservada na fôrma quente no assoalho do forno. Isto formará vapor. Este vapor fará com que o pão tenha uma casquinha crocante. Abaixe a temperatura para 200°C.

27. Asse por aproximadamente 35 minutos, ou até que esteja bem dourado.

28. Para saber se o pão está assado, bata com os nós dos dedos no fundo do pão. Você ouvirá um barulho oco. Caso não ouça, volte o pão para o forno. É melhor você ter um pão mais moreninho do que um pão cru.

29. Tire o pão da fôrma e coloque em uma grade para que esfrie completamente. Deixando na grade, o pão vai esfriar por completo. Contenha sua ansiedade para cortar. Se cortar o pão que acabou de sair do forno, você terá uma textura bem horrorosa - tipo embatumado.

- Agora vou explicar como fiz a minha versão na batedeira - 

1. Na tigela da batedeira, misture bem a farinha e o sal. Depois de bem misturado coloque o fermento. Como eu usei o instantâneo, ele se dispersou na mistura. Se usar o fresco, minha sugestão seria desmanchar em um pouco da farinha e da água.

2. Na batedeira em velocidade baixa, fui incluindo a água aos poucos. Contive minha vontade de colocar mais farinha, visto que a massa estava muito pegajosa. A massa ficou extremamente mole. 

3. Bati a massa até o ponto que eu esticava a massa e ela não quebrava. Chamamos de ponto de véu. Você pega um pedacinho da massa e vai esticando ela, até que ela fica bem fina, como se fosse um véu. Chegou neste ponto. Pode parar de bater a massa.

4. Deixe a massa crescer até dobrar de volume.

5. Tire o ar da massa.

6. Na bancada enfarinhada moldei o pão a partir das instruções de número 17.

7. Pronto! Pão assado.

Meu Amor Declarado: Bolo Chiffon

Eu amo incondicionalmente o bolo chiffon. Desta vez, tentei de tangerina, aproveitando a época de tangerina morgote.

Só para esclarecer, vou copiar o texto do bolo chiffon de erva-doce que eu tinha feito para o outro blog, que eu a Rita e eu assassinamos. Naquela época eu fiz um texto bem legal sobre este bolo tão delicado.

Postado originalmente no www.todamaria.com

Esta foto é do bolo de erva-doce que fiz lá atrás...

Eu preciso confessar uma coisa: sou teimosa. Bem, é um adjetivo MUITO pejorativo nos dias de hoje e qualquer terapeuta ou conselheiro de carreiras falaria para usar o adjetivo: persistente. Ok, então trocando em miúdos, sou persistente, brasileira e não desisto nunca. Por este motivo após longos 9 anos resolvi refazer esta receita de bolo Chiffon. Veja bem, em 2003 quando fiz um curso no Atelier Gourmand, aprendi esta receita. Quando fui testá-la após o curso, o bolo ruiu, caiu enquanto esfriava. A minha vontade fazer também esfriou. Só 9 anos depois, resolvi refazer novamente. O que a maturidade não faz com uma pessoa, né, não? Detalhe, repeti o bolo 2 vezes neste mês!!! Librianos são assim, inconstantes.

O bolo chiffon é um bolo muito bom, macio, derrete na boca, mas também é um bocadinho tricky, complexo para ser feito. Inicia-se pela forma. A forma é de furo central, mas ela precisa ter um apoio para que o bolo esfrie de cabeça para baixo.  Não, não estou louca, como o bolo leva muitas claras, ele tem que esfriar de cabeça para baixo para que o peso das claras não “afunde” o bolo, caso afunde, a altura do bolo diminuiria consideravelmente. Como disse acima, a primeira vez que fiz este bolo ele desmoronou, caiu e ficou quebrado. Talvez eu não tivesse incorporado as claras corretamente, talvez ele não teria assado o tempo suficiente. Epa! Outras duas pegadinhas… A incorporação das claras tem que ser feita calmamente para não abaixar as bolhas de ar e há a adição de cremor de tártaro para estabilizar as claras. Segunda  pegadinha, o tempo de forno. Ele é assado em uma temperatura baixa para dar tempo de coagular as claras correctamente, por este motivo não dispenso o uso do termômetro de forno para assegurar a temperatura enquanto o bolo assa.

Algumas considerações:

     1)  Onde achei a minha forma? No Atelier Gourmand. Consultei o site do Atelier Gourmand, e eles têm esta forma para vender, não é lá muito barato, mas caso esteja curiosa e com vontade de testar um bolo diferente, vale muito a pena. 

    2) O cremor de tártaro é um sub-produto do vinho, uma vez que ele é encontrado na borra ou sedimento dentro dos tonéis de vinho em fermentação. A sua utilização na receita é para estabilizar as claras batidas em neve. Onde encontrar? Bem, acredito que em bons supermercados você pode achar, ou ainda, nas casas especializadas de bolos. Aos meus leitores de Portugal, informo que encontrei em uma mercearia britânica, não achei em nenhum supermercado 

Vamos à receita

Bolo Chiffon de Tangerina

Ingredientes:

225g de farinha de trigo
300g de açúcar
1/2 colher de chá de sal
100g de óleo
7 gemas
10 claras
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 1/4 colher de chá de cremor de tártaro
12g de raspas de tangerina
10g de fermento em pó
170ml de suco de tangerina fresco

Modo de fazer:

1. Reserve 2 colheres de sopa de açúcar e coloque o restante na batedeira. Junte todos os ingredientes sólidos com exceção do cremor de tártaro. Bata 1 minuto para misturá-los bem. Adicione o óleo, as gemas, o suco de tangerina, as raspas de tangerina, a baunilha. Bata uns 3,5 minutos. Reserve.
2. Numa tigela bem grande bata as claras. A tigela tem que estar sem vestígios de gordura, caso contrário, as claras não baterão. Uma dica rápida é limpar com o suco de limão a tigela e os batedores. Lavar bem e utilizar. Desta forma, você tem assegurado claras em neve perfeitas. Assim que as claras começarem a espumar, adicione o cremor de tártaro. Quando atingirem o ponto de pico mole, adicione o açúcar aos poucos. Bata até o ponto de pico duro. Incorpore as claras ao creme de tangerina
- Dica: Adicione 1/3 das claras e deixe a mistura bem fluída. Aos poucos adicione os 2/3 restantes, incorporando as claras, sem que elas percam o ar.
3. Asse a 160°C por aproximadamente 50 minutos.
4. Inverta o bolo no cone, imediatamente após sair do forno. Deixe o bolo esfriar completamente, antes de soltá-lo da forma.
5. Com o auxílio de uma espátula bem fina, solte as laterais do bolo. Desta forma você liberou a parte externa da fôrma. Agora com a ajuda de uma faca, solte o fundo do bolo. Inverta sobre um prato. Polvilhe com açúcar de confeiteiro.

Fontes: Wolke, Robert L.

O que Einstein disse a seu cozinheiro : A ciência na cozinha (inclui receitas)

Jorge Zahar Ed., 2003

Panna Cotta de Leite de Coco e Iogurte com Ameixas Assadas

Preciso dizer, ameixa não é a favorita das minhas frutas. Podem até me achar enjoada, mas para quem curte uma jaca, será que é tão horrível assim não gostar de ameixas? Tem duas frutas que não fazem a minha cabeça: caqui e ameixa. Oras, então por que eu fui preparar uma sobremesa com ameixas? Para ver se pelo menos assadas, quebraria o meu paradigma. Como é bom se propor a quebrar paradigmas. Ameixas assadas são excelentes! Ficaram super tenras e contrastaram muito bem com esta sobremesa. Mudei de opinião. Simples assim. Propor em fazer, experimentar coisas diferentes podem te elevar a um patamar de sabores desconhecidos e surpreendentes.

Panna cotta são sobremesas italianas fáceis de fazer. Caem bem com geléia de frutas, coulis ou então, como proposto aqui, ameixas assadas. Esta panna cotta especialmente sobressaiu o sabor do leite de coco, muito perfumada e leve. Não apropriadas para este frio que está fazendo, mas, é bom tentar.

(*) Eu fiz metade da receita aqui descrita. A quantidade de gelatina usada foi 1 colher de chá, acredito que é possível aumentar par 1 + 1/2, porque depois de 4 horas a pannacotta ainda estava "molinha". Talvez, a quantidade de espessante nas gelatinas gringas seja maior que utilizadas nas gelatinas brazucas. Só para termos uma ideia, em uma outra receita da Rita Lobo, ela usa 12 gramas de gelatina para aproximadamente 650ml de líquidos. Nesta receita, temos aproximadamente 875ml de líquido para 4 gramas de gelatina, ou seja, se preparar a receita inteira, seria conveniente adaptar a quantidade de gelatina para 12 gramas de gelatina (ou 1 pacotinho de 12 gramas).

Vamos à receita

Deste livro maravilhoso que como com os olhos e invejo cada fotografia!

Rendimento: metade da receita deram 6 potinhos

Panna Cotta de Iogurte e leite de Coco

375ml de leite de coco sem açúcar (**)

1/2 xícara (100g) de açúcar refinado

1 fava de baunilha cortada e com as sementinhas raspadas (na falta dela, utilize 1 colher de extrato de baunilha)

2 colheres de chá de gelatina sem sabor (*) 

1/2 xícara (125ml) de leite integral

1 + 1/2 xícara (375ml) de iogurte integral

Ameixas Assadas

680 gramas de ameixas vermelhas, cortadas em gomos sem os caroços

1/4 xícara (50g) de açúcar refinando

5 galhos de tomilho limão (***)

1 colher de sopa (15g) de manteiga sem sal, cortada em pedaços

Preparo da Panna Cotta

1. Em uma panela média, esquente o leite de coco, açúcar, baunilha e sementinhas até alcançar a temperatura de fervura. Retire do fogo e remova a fava de baunilha.

2. Em uma tigela pequena, dissolva a gelatina no leite integral e mexa até que ela fique lisa. Eu dissolvi conforme as instruções do fabricante. Adicione a gelatina dissolvida na mistura aquecida do leite de coco. Adicione o iogurte e misture bem. Mexa com o auxilio do fouet.

3. Distribua a panna cotta entre os potinhos reservados. Deixe na geladeira por pelo menos 2 horas. Enquanto a panna cotta está gelando, prepare as ameixas assadas.

Preparo das Ameixas Assadas

1.Pre-aqueça o forno a 200°C. Coloque as ameixas em uma assadeira. Espalhe o açúcar sob as ameixas. Distribua as folhinhas de tomilho pelas ameixas. Coloque pedacinhos da manteiga nas ameixas.

2. Asse por 10 a 15 minutos, até que as ameixas estejam macias e que tenham mantido a forma. Deixe esfriar e sirva sobre a panna cotta gelada.

(**) Apesar de 1/2 do leite de coco ser aproximadamente 180ml, eu usei uma garrafa inteira de 200ml.

(***) Quando eu vi o tomilho, dei uma torcida de nariz, mas é quase imperceptível a presença do tomilho. Deu um frescor bem legal à fruta.

Piadina

Piadina é um pão italiano super fácil de fazer. Ideal para o lanche de domingo a tarde ou para quando a fome bater. O que é legal na piadina é que não precisa de fermento fresco ou instantâneo de pão. Aquele fermento do bolo é que usaremos para prepará-la.

Quanto ao recheio, vale a sua criatividade. Aqui em casa costumamos fazer de kani-kama desfiado, tomate, mússarela de búfala, frios, patê de azeitona, atum ralado, etc.

Eu preparo as piadinas e deixo separado em pratinhos as possibilidades de rechear, aí cada um faz do seu gosto.

Só para constar nos livros - A Sofia prepara a dela! Ela adora rechear com kani-kama e tomatinho.

A receita deste livro que é uma das minhas paixões. Receitas fáceis e rápidas.

Na receita, ela usa 250g de farinha de trigo, nesta minha versão usei 175g de farinha de trigo e 75g de farinha de trigo integral.

Piadina

Rendimento: 8 piadinas

250g de farinha de trigo, mais um pouco para abrir a massa

1/2 colher de chá de sal

1/2 colher de chá de fermento em pó

1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio

50g de manteiga em temperatura ambiente cortada em cubinhos

50ml de leite

50ml de água morna

Recheio: Conforme sua gosto/criatividade.

Modo de fazer:

1. Em uma tigela peneire a farinha de trigo, o sal, o fermento em pó e o bicarbonato de sódio.

2. Na tigela da farinha, coloque a manteiga. Esfregue a manteiga com a ponta dos seus dedos, até que a mistura pareça uma areia úmida. Então incorpore o leite e a água morna nesta mistura. Sove a massa,  até que tenha formado uma bola.

3. Uma vez que a massa tenha se formado, coloque a massa em uma bancada e coloque uma tigela de cabeça para baixo. Deixe que a mistura descanse por pelo menos 5 minutos, enquanto você prepara os recheios.

4. Divida a massa em 4 (veja bem, eu sempre divido em números maiores 6, 8) e em uma superfície levemente enfarinhada, abra a massa em discos de 20cm com a espessura aproximada de 3,4mm. - Eu nunca consigo fazer um disco perfeito - saí mapa do Brasil, coração - menos formatos redondos :(

5. Em uma frigideira ou em uma chapa de ferro (eu uso esta minha chapa que amo com todas as forças!) em fogo médio-alto até que esteja bem quente. Não há necessidade de untar com óleo, manteiga ou azeite.

6. Coloque um disco de piadina na panela e cozinhe por 3, 4 minutos em cada lado, até que a massa esteja dourada. Se usar uma frigideira, bolinhas irão aparecer. Se usar a chapa, a massa ficará marcada, como a minha.

7. Repita com toda a massa. Enquanto estiver assando, deixe a massa assada em um prato, coberto com um pano de prato para manter aquecido.

8. Recheie de acordo com o seu gosto. 

- Obs. Quando faço, sempre sobra massa. Eu guardo em um saco fechado na geladeira e tento usar no dia seguinte. Deixo fora da geladeira por uns 10 minutos até que eu consiga manusear a massa.

Uma sopinha de abobrinha para aquecer...

Confesso, eu nunca tinha feito e provado uma sopa de abobrinha. Folheando este livro aqui, veio a vontade de fazer um creme de abobrinha. Perguntei para o Odair se ele topava experimentar e convite feito e aceito ,fui para o fogão.

Vou reproduzir tal e qual está no livro, mas já adianto, não tinha creme de leite e nem queijo, mas nem por isso a sopa ficou menos gostosa.

Destaque especial para a torradinha, hit total...

Sopa de Abobrinha.
(fiz aproximadamente 1/2 receita e foi suficiente para 4 porções generosas)

Ingredientes:
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de manteiga
1 cebola média picada
1 dente de alho picadinho
900 gramas de abobrinha descascasdas e cortadas
1 colher de chá de orégano seco
Aproximadamente 600ml de caldo de vegetais ou de frango (usei água)
115g de queijo Dolcelatte, picado - omitido
300ml de creme de leite fresco - omitido
sal, pimenta a gosto

Modo de fazer:

1. Em uma panela grande, esquente o óleo e a manteiga até que comece a espumar. Adicione a cebola e frite por aproximadamente até que esteja macia, não escura. Adicione o alho até que perfume.

2. Adicione as abobrinhas e o orégano, juntamente com o sal e a pimenta a gosto. Cozinhe em fogo médio por 10 minutos, mexendo frequentemente.

3. Coloque o caldo e leve a fervura. Abaixe o fogo, cubra metade da panela e deixe em fogo baixo, mexendo ocasionalmente por aproximadamente 30 minutos. Coloque o queijo Dolcelatte picado até que esteja derretido.

4. Processe a sopa no liquidificador ou no processador de alimentos até ficar macia, passe por uma peneira em uma panela limpa.

5. Adicione 2/3 do creme e mexa em fogo baixo, não deixe ferver. Cheque a consistência da sopa e adicione mais caldo, caso esteja muito grossa. Tempere com sal, pimenta a gosto.

6. Para enfeitar, usei iogurte e um pouco de abobrinha salteada. Sirva com torradinhas.







Torradinha de Parmesão
Retirado daqui

1 baguete (eu usei 2 pães franceses)
1/4 de xícara de azeite de oliva
Sal, Pimenta a gosto
3/4 de xícara de parmesão ralado na hora (por favor!!! Não use aqueles de saquinho - compre um pedaço de parmesão e rale na hora a diferença é brutal).
Folhinhas de tomilho (opcional)

1. Preaqueça o forno a 200°C.
2. Corte a baguete na diagonal em fatias finíssimas (1 cm, 1,5cm).
3. Coloque as fatias de pão em uma única camada em uma assadeira. Com a ajuda de um pincel culinário, passe o azeite nas fatias de pão. Tempere com sal e pimenta a gosto. Polvilhe com o parmesão ralado.
4. Caso esteja utilizando o tomilho, polvilhe com as folhinhas de tomilho.
5. Leve ao forno para tostar por 15, 20 minutos até que estejam torradinhas e crocantes.
6. Sirva em temperatura ambiente.