sábado, 2 de fevereiro de 2013

Diga-me de que cobertura és???


A revista Vida Simples da Editora Abril, edição 128 de fevereiro de 2013, trouxe uma matéria muito legal sobre coberturas de bolos. Como eu gosto de cozinhar, principalmente doces, não poderia deixar de opinar a respeito.

Hoje em dia é muito comum irmos aos aniversários infantis, noivados, batizados e casamentos e vemos aqueles bolos lindos com a famosa pasta americana. O bolo é um evento por si só. O capricho da doceira que confeccionou a “obra de arte” vai além da nossa imaginação. Detalhes que fazem toda a diferença. Só que muitas vezes a cobertura é deixada de “lado” no pratinho. Mas, a pasta não está sozinha em sua jornada para o caminho do lixo, o chantilly também é deixado de lado. Creme de manteiga? Hum, também. Escanteio.

Por que as pessoas rejeitam tanto estas coberturas? Na minha opinião, são enjoativas ao extremo. O bolo para sustentar uma pasta americana é super seco. Se for úmido, o bolo desmorona. O sonho das noivas, lindo nas fotografias, as mães adoram para os aniversários infantis, mas na minha opinião, é um bolo seco. A pasta mascara os demais componentes do bolo. Chantilly além de fazer uma graça no seu cappuccino também pode ser usado como cobertura de bolo. Mas, tem um problema um ponto contra, se for feito em um dia muito quente pode azedar. Na boca, muitas vezes você sente aquele gosto untuoso.  É gorduroso demais.

Apesar da jornalista defender para o aniversário de sua filha um bolo com cobertura “vintage” de glacê (clara de ovos batida com açúcar e limão até ficar no ponto para confeitar), eu teria uma reserva. Claras de ovo cruas podem causar salmonela (lembra da maionese caseira? Mesma história). Se a confeiteira assegurar que usa clara pasteurizada e não aquela cobertura pronta que encontramos em lojas de confeitaria, perfeito. Bolo fofinho recheado com geleia de damasco e cuja cobertura de glacê não pesará na massa do bolo e traz um gosto de infância. Um bolo confeitado com glacê tingido e bico de pitanga tem aquele ar retrô e não deve nada a nenhum bolo de pasta americana.

Não quero abrir um debate contra as confeiteiras especializadas em pasta americana e seus bolos. A minha opinião baseia-se na construção de um bolo que seja úmido, com um recheio macio e uma cobertura que não mate o sabor dos dois itens anteriores. É só uma cobertura! Dá para voltar na época dos meus 8 anos em que eu comia um bolo floresta negra que era úmido, com recheio de chantilly e cerejas de chuchu, mas era o meu bolo preferido de aniversário? Se puder, avise-me. Adoro um ar retrô dos doces de antigamente.

E se o doce valer a pena, porque não comer a cobertura, afinal, não precisamos muito para sermos felizes!

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