Não sei se já comentei o quanto sou perfeccionista. Esta "qualidade" é horrível. Tem horas que exijo tanto de mim mesma que espero que outras pessoas tenham a mesma postura que eu. Pessoas são completamente diferentes, por isso não é possível esperar a mesma atitude que eu teria. Esta mania pela perfeição começou na minha adolescência e ficou pior em um dos meus antigos empregadores. Lá não era permitido errar, portanto, o grau de exigência era elevado.
Por que usei a Tarte Tatin para iniciar o post? Porque esta é a terceira vez que fiz a tarte e que não fico completamente satisfeita com os resultados. Mas... Aprendi a ME respeitar e ter um olhar mais complacente comigo mesma. Olho e vejo onde errei e tento novamente. Muitas vezes só eu vejo o defeito em algum prato que preparei, os demais convivas não percebem. Isto porque sempre demando demais de mim mesma.
Há um tempo, não teria esta postura. Ficava extremamente frustrada com os resultados. Chorava e jogava tudo no lixo. Tinha uma baixa resistência a frustrações. Graças a Deus, com o tempo e muita terapia a situação mudou.
Em muitas vezes, acertamos e não sabemos o porquê acertamos. Mas, quando erramos precisamos repensar e ver o que poderíamos ter feito diferente esperando um resultado diferente. Fácil?? Não!!
Enquanto fazia a tarte pela terceira vez, a receita está aqui, seguem os pontos alterados e minhas reflexões:
A torta tinha acabado de sair do forno. Um minutinho na grade do fogão para esfriar e virar em um prato |
1) A calda de açúcar foi feita na fôrma que levei ao forno. Em cima da calda, coloquei pedaços pequenos de manteiga distribuídos na fôrma.
Torta linda na bancada! Só esperando o momento da foto |
3) Todas as vezes que punha a forma quente em cima da massa aberta, o calor da forma derretia os pedacinhos de manteiga, transformando-se em uma meleca só. Abri a massa e coloquei na geladeira aberta em uma tábua aguardando o momento de forrar a forma.
4) Quando as maçãs estavam bem cozidas, precisava arrumar de forma organizada na forma. Tirei alguns pedaços e coloquei em um prato, com a ajuda de dois garfos coloquei as maçãs de volta na forma, formando escamas. Importante lembrar que temos que colocar todas as maçãs, pois elas reduzem no forno. Se possível divida e cubra espaços "vazios".
5) A massa aberta e cortada "supostamente" no tamanho da forma que estava na geladeira não cobria as maçãs cozidas. Com a ajuda de um rolo, estiquei para cobrir TODA a forma! Yes!! Ponto para a minha capacidade de gerir crises!
6) Enquanto a torta assava, o caramelo caía no assoalho do forno. O forno e a minha casa ficaram com cheirinho de queimado. O que fazer??? Chorar??? Não!!! Abri o forno e coloquei uma forma retangular para tentar minimizar a sujeira e o cheiro que invadia o condomínio. Só faltou um bombeiro...
Viu, sempre é possível aperfeiçoar as receitas!!! E tentar gerar suas expectativas.
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